Cineasta Aurélio Michiles conta a história na visão de Roger Casement, cônsul britânico que recebeu a missão de investigar o tratamento dado às tribos indígenas.
“Toda a minha biografia é marcada pela temática amazônica. Eu nasci em Manaus e faço parte dessa história” disse o cineasta amazonense Aurélio Michiles, em entrevista ao Portal Em Tempo. Com quase 40 anos de carreira, o cineasta finalizou as gravações de um novo projeto.
O documentário, intitulado “Em nome desta terra”, está previsto para ser lançado até março de 2020 e pretende apresentar um outro olhar a respeito do Ciclo da Borracha aos amantes da Sétima Arte.
O projeto contará a trajetória de Roger Casement, um cônsul britânico, de origem irlandesa, que recebeu como missão da coroa inglesa a obrigação de investigar o tratamento dado às tribos indígenas pelos seringalistas na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, especificamente no rio Putumayo.
A história se passa em 1910, época em que a principal atividade econômica na Amazônia era a extração de látex para a produção de borracha.
O cineasta contou ao Portal Em Tempo que teve acesso à biografia de Roger Casement na década de 90, quando um historiador britânico o procurou após assistir algumas produções cinematográficas dele.
"No diário de Casement são mostrados os bastidores, a elite e a vida dos trabalhadores da coleta do látex. Especificamente sobre as populações indígenas afetadas por essa atividade econômica. Eram eles os Boras, Uaitotos, Muiananes e Ocainas. Além de outros que foram extintos”, explica o cineasta
A principal fonte de informação para a realização de “Em nome desta terra”, é justamente o Diário da Amazônia, obra onde Roger Casement detalhou os bastidores da viagem do Rio de Janeiro à bacia do rio Putumayo, em La Chorrera, na Colômbia.
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Fonte: Primeira Página, com informações do site Em Tempo.